14 setembro, 2010

Amostra sem valor

Mais um lindo poema de António Gedeão ( Rómulo de Carvalho ), que nos transmite uma mensagem muito concreta, a respeito do mundo ser mais que o nosso mundo, que o sitio onde vivemos! O nosso desespero poderá ser por motivos enormes, diria gigantes... mas se analisarmos bem, à nossa volta, quanto sofrimento, bem maior que o nosso, quanta dor e angustia, por esse mundo fora! E nós que nos desesperamos e sofremos, pelas férias que não pudemos concretizar! Pela festa que não fomos convidados, pela futilidade de nossas vidas! Deixemos de olhar só para o nosso umbigo, de forma a que possamos olhar noutras direcções e abrir horizontes, de paz, harmonia e sobretudo dar um pouco de nós, num espírito de comunhão e entreajuda, criando laços de estima e amizade... seremos com toda a certeza felizes!

Sãozita


Amostra sem valor

Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.

Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:

com ele se entretém

e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,

sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,

que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,

não pesa num total que tende para infinito.


Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida

ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,

nesta insignificância, gratuita e desvalida,

Universo sou eu, com nebulosas e tudo.



poema de António Gedeão ( Rómulo de Carvalho )
 
Poeta, professor e historiador da ciência portuguesa. António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de Carvalho, concluiu, no Porto, o curso de Ciências Físico-Químicas, exercendo depois a actividade de docente. Teve um papel importante na divulgação de temas científicos, colaborando em revistas da especialidade e organizando obras no campo da história das ciências e das instituições, como A Actividade Pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos Séculos XVIII e XIX. Publicou ainda outros estudos, como História da Fundação do Colégio Real dos Nobres de Lisboa (1959), O Sentido Científico em Bocage (1965) e Relações entre Portugal e a Rússia no Século XVIII (1979).



Revelou-se como poeta apenas em 1956, com a obra Movimento Perpétuo. A esta viriam juntar-se outras obras, como Teatro do Mundo (1958), Máquina de Fogo (1961), Poema para Galileu (1964), Linhas de Força (1967) e ainda Poemas Póstumos (1983) e Novos Poemas Póstumos (1990). Na sua poesia, reunida também em Poesias Completas (1964), as fontes de inspiração são heterogéneas e equilibradas de modo original pelo homem que, com um rigor científico, nos comunica o sofrimento alheio, ou a constatação da solidão humana, muitas vezes com surpreendente ironia. Alguns dos seus textos poéticos foram aproveitados para músicas de intervenção.



Em 1963 publicou a peça de teatro RTX 78/24 (1963) e dez anos depois a sua primeira obra de ficção, A Poltrona e Outras Novelas (1973). Na data do seu nonagésimo aniversário, António Gedeão foi alvo de uma homenagem nacional, tendo sido condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Sant'iago de Espada.

61 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Fiquei triste ao ler este poema
que não conhecia.
Gosto tanto de António Gedeão que afirmei uma vez, no dia do meu aniversário, que o poeta escreveu "A Fala do Homem Nascido" para me dedicar esse poema... Enfim, aquelas minhas criatividades que me vão permitindo algumas deliciosas mentiras. Gosto de Gedeão a esse ponto. Mas este poema, que é muito belo, deixa-me o sentimento de suficiencia humana e de dimensão que dispensa o acto solidário ao terminar afirmando-se como sendo o Universo (com nebulosas e tudo)...

Haverá certamente outra interpretação, não a alcancei e fiquei triste!

♥ Sussy* Alvarez disse...

Que buena entreda
Todo muy interesante
Fue un placer leerte
te dejo mis saludos hasta pronto
Besos.

Saozita disse...

Olá Rogério, na interpretação que dou, julgo que o autor reconhece o seu próprio egoísmo! Um egoísmo que não conhecemos por força do etnocentrismo a que tendencialmente estamos sujeitos é isso que pretende transmitir. A nossa incapacidade para olhar o todo, por focalizarmos sómente as partes, deformando e enviesando a nossa percepção a respeito do mundo que nos rodeia. Por isso a nossa tendência de olharmos só para o nosso umbigo.

Tem uma boa noite.
Bj

Sãozita

SAM disse...

Bravo, Saozita! Texto e este belíssimo poema de António Gedeão, um poeta que admiro imensamente. Obrigada.


Carinhoso beijo e ótima semana.

Deia disse...

Oi, minha querida amiga Saozita!!! Lindo, lindo texto. A mais pura versão da verdade. Opa! Mas se é verdade, então não há versão, pois a verdade é uma só, não se altera, não se ajusta, não se conforma!!! Isso tudo para dizer que concordo em sermos mais críticos e ao mesmo tempo tolerante conosco. Não sofremos os males do mundo, mas ao mesmo tempo, precisamos de espaço para sentirmos o nosso sofrimento. Por ser intransferível dói, somente, em nós mesmos!
Um beijo, já estou vendo a data para a nossa publicação! Logo mais nos falamos! Deia

Franck disse...

Intenso! Belo! Triste! Tocou-me deveras!
Uma semana boa! Abçs!

Marilu disse...

Querida amiga, já senti muitas vezes na pele que o meu desespero não interessa a ninguem mesmo, o problema é sempre nosso. Mas não sigo essa cartilha, sempre compartilho com o outro se precisar de mim. Mas Antonio Gedeão, descreveu bem o ser humano. Beijocas

RENATA MARIA PARREIRA CORDEIRO disse...

Brilhante! Parabéns!
Tudo de bom, Sãozita.
Renata Maria

Anónimo disse...

Eu quero um punhado de estrela madura
Eu quero a doçura do verbo viver.

(Caio F. Abreu)

Saudações Poéticas!! M@ria

A. João Soares disse...

Amiga São,

Mas na consciência de que o mundo é um infinito em que nós somos uma partícula insignificante, o poeta termina a dizer que

«e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.»

Isto alerta para a responsabilidade de cada um como partícula desse conjunto imenso, cada um dos nossos actos é de grande importância para o Universo, que acaba por ser o somatório de todos nós.
Na solidariedade, na defesa do ambiente, no combate às ambições, aos abusos do poder, à ganância, cada um deve procurar a temperança da humanidade, e o esforço começa com o nosso íntimo, a nossa vida, o bairro, a cidade, o país.
Ninguém tem uma alavanca para mover o mundo mas, com as suas corretas acções, contribui no conjunto para que se mova um pouco todos os dias.

Cumprimentos
João
Do Miradouro

Ives disse...

Olá, lindo lindo, abraços

angela disse...

Um poema realmente bonito, que leva a reflexão. Generoso até eu diria.
Gostei muito.
beijos

Ricardo Miñana disse...

Muy bello el poema, gracias por compartir, un placer leerte.
feliz semana.

Sergio disse...

Hola Saozita,

aunque triste es una preciosa entrada.
Me encantó leerte.

Saludos argentinos,

Sergio.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querida amiga Sãozita!

António Gedeão e a sua obra foi-me primeira e compulsivamente apresentada para estudo.
Dessa altura, lembro-me do poema, Lágrima de Preta, que tive de declamar, e do Pedra Filosofal.

Hoje sei muito mais, e sei que escolheste um dos mais belos poemas deste autor.

A verdade é que passamos a vida a tentar fazer-nos compreender pelos outros!
A estendermo-nos para fora!
A querer partilhar uma individualidade que não vive fora de nós!
Podemos saber muita coisa, conhecer o mundo de trás para a frente mas nunca somos capazes de abarcar o todo, de ser para além dos limites da nossa própria pele!

Beijinhos para todos em casa, com muito carinho,

Anónimo disse...

Oi Sãozita querida...

Quero lhe agradecer pelo comentário que foi brilhante...no meu blog...obrigada!

Eu acredito que este maravilhoso poema nos coloca diante da vida no tempo de agora...como estamos vivendo...

Eu amei...me identifiquei...

Bjos e ótimo dia!

Zil

Diana Carla disse...

Poema que nos faz refletir...

bjinhus...

Valéria Gomes disse...

Muito bom!!!

Beijos no coração!!!

Marion Lemos disse...

Olá Sãozita,
você nos trouxe um presente lindo,
postando esse belo poema de António Gedeão.
Não somos seres destacados desse Universo, somos apenas parte integrante de um todo.
Nada existe para nos servir, nem nós existimos para servir às coisas.
Somos pó de estrelas.
Um Universo infinito, vivo, pulsante.
SOMOS TODOS UM!
Parabéns, seu blog é maravilhoso!
Adoro visitá-lo, venho sempre para aprender.

Beijos.

Marion

Wanderley Elian Lima disse...

Olá Saozita
Infelizmente o homem vai cada vez se distanciando do próprio homem. Vão criando seu próprio mundo, e se esquecendo de viver em comunidade.
Bjux

César Ramos disse...

Olá, Sãozita,

É assim que as pessoas, mesmo depois de partirem, jamais morrerão.

Ainda mais do que a publicação do Poema, agradeço-lhe as suas próprias palavras inspiradas no pensamento do António Gedeão de todos, e do Rómulo de Carvalho que foi meu Professor e se manteve amigo pessoal até ao fim dos seus dias.
Ele tinha por princípio dizer que não era político. Pois bem!... cheguei a dizer-lhe que ele era então a personificação da Política, superior, pura...
e desinteressada!

Cumprimentos
César Ramos

Mariazita disse...

Sãozita, querida
Gosto imenso da poesia de António Gedeão; não conhecia este poema, qua acho muito realista.
Gostei também, muito, do teu texto.
A verdade é que, cada vez mais, o Homem pensa apenas em si mesmo; desde muito cedo os jovens se vêm habituando ao isolacionismo, no que são incentivados pelos jogos, pela televisão... tudo coisas que lhes prendem totalmente a atenção, e os vão encaminhando para o tal "olhar só para o próprio umbigo".
Terá que haver uma grande alteração de costumes para que o mundo se torne mais solidário.

Resto de boa semana. Beijinhos mil.

PS - Gostei muito do teu comentário na "CASA". Obrigada.
Logo à tarde escreverei email fornecendo os dados pretendidos:)
Fica atenta ao correio...

folha seca disse...

Sãozita

O mundo da blogsfera está tão rico e diversificado, que começa a ser difícil retribuirmos as visitas, isto porque o tempo, para quem tem que bulir, não chega para tudo.
Já por cá tinha passado algumas vezes, mas sem assinar o livro de visitas, mas hoje ao ver um poema, do meu poeta preferido, que não conhecia tenho que lhe agradecer.
Cumprimentos
R.Manuel

Graça Pires disse...

Um poema de António Gedeão:tão belo. Tão lúcido.
Um beijo.

Martha Cecilia Cedeño-Pérez disse...

Te leo más allá del Atlántico, en el trópico profundo de América. Es un placer leer tu blog.
Un saludo,
Martha

Deia disse...

Minha querida amiga, bom dia!! Hoje venho para lhe dizer que tem selinho lá no Rumo para você! Você já recebeu meu email? Um beijo, Deia

victor simoes disse...

Lindo poema, Antóneo Gedeão tem uma poesia muito peculiar, sobretuo pelas abordagens de cariz social e de intervenção. Por isso também ser dos meus preferidos.

Sómente por via de uma solidariedade mecânica (no sentido evolutivo) é que o homem poderá alcançar a plenitude da condição de humano.

Nos tempos que correm a solidariedade tende para orgânica, na decorrência de um mundo cada vez mais desconexado de raízes, desumanizado e onde impera o jogo de interesses e o egoísmo, isolando o homem cada vez mais, fechado em si mesmo e dos seus interesses pessoais.

Esta solidariedade orgânica é pois materialista e de interesses, não sendo compatível, com os valores éticos e morais.

Bjs

Anónimo disse...

Ola Sãozita: lindo post poesia de Antonio Gedeão. Adorei ele foi uma grande figura Portuguesa.
Beijos
Santa Cruz

Unknown disse...

Boa noite cunhada,
António Gedeão é um dos meus poetas preferidos e este poema um dos que mais gosto!

Beijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas

Mar Arável disse...

Bela memória

José disse...

Olá Sãozita!

O António Gedeão,também um dos meus poetas preferidos, o poema pedra filosofal é um dos que eu mais gosto, até o tenho decorado, este também tenho a impressão que já o tinha lido, lembre deste verso o mundo é maior do que o bairro onde habito.
Concordo com tudo o que diz Victor
Simões.

Um beijinho
José.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querida Sãozita!

Estou cá hoje, para comentar o prefácio que introduz o belíssimo poema de António Gedeão.

Todo esse pedaço de belíssima prosa, é de uma riqueza imensa. Vem de alguém, que sabe e sente, quais os reias valores humanos que mudariam o Mundo, se praticados.

O egocentrismo é um dos maiores responsáveis pela falta dos valores mais elementares que hoje em dia se fazem sentir.
Não há paz nem harmonia, nem felicidade, nem amor , nem amizade, nada... se não formos capazes de olhar em redor e para além de nós, sem orgulhos, sem a pretensão de que somos perfeitos, sem saber dar de nós.

Amiga "Porque os outros se mascaram, mas tu não" eu gosto tanto de ti, de ti mesmo Sãozita!

Beijinhos mil da tua e(terna) amiga,

Anónimo disse...

Obrigada pela sua visita.
A Ná diz que ñ é Poeta!
Talvez...Mas tem sentir de Poeta.
Quanto à sua postagem, como gosto de Gedeão!
Este poema mostra uma certa mágoa em
relação à indiferença e egoísmo da maioria dos humanos.
Será?
Beijo.
isa.

Mariazita disse...

Querida Sãozita
Venho só trazer-te um beijinho de boa noite.
Saímos amanhã às 8 e ainda não preparei nada. E daqui a nada tenho aí a minha mana (USA) e ficamos na conversa até às 11... é o costume.
Estou ansiosa por sábado.
Ah! já consegui programar o post para domingo. Acho que ficou bonito...
Estou ansiosa por sábado...

Beijinhos doces

franciete disse...

António Gedeão tem maravilhosos poemas, que muitos deles até nem conheço, mas quando se fala no sonho me lembro sempre da sua pedra filosofal.
E sempre a leio ou escuto me vem sempre uma lágrimazita ao olho, beijinhos de luz e paz amiga. Tenha uma santa e feliz noite

chica disse...

Que maravilha isso.

Infelizmente tantas vezes ainda nos achamos no direito dec reclamar de algo que nos acontece, sem nem lembrar que ao nosso lado pode haver coisas muito maiores e realmente problemas...

Uma linda reflexão nos permite! beijos,tudo de bom,chica

AFRICA EM POESIA disse...

sãozita
Vim e gostei de (RE)ler Gedeão Um poeta bem Português.
Sei que telefonas-te obrigada pelo teu cuidaso.
Para Já os médicos vão tentar esperar uns tempos pois acham muito cedo para a protese,
Vou fazer apenas fisioterapia.
Beijinhos

Machado de Carlos disse...

Sãozita;

Fizeste um comentário excelente, lembrando um dos Mestres das Palavras; José Saramago. Lembraste-me de uma amiga que mantinha uma ligação direta com ele. Inclusive o escritor lhe enviou uma biblioteca; e ela denominou a Biblioteca José Saramago.
Realmente, as palavras são como mãos; uma vez são usadas para o bem e muitas outras vezes a usam para o mal. E nós usamos palavras para sonhar e escrever poesias.
Eu preocupava-me com tua ausência por causa do último comentário que lhe deixei, pois falei muito de forma filosófica, isto é coloquei a razão acima da emoção. E graças ao teu blog, conquistei nova amizade!
Agradeço-te pelos belos comentários que me deixas.
Sou um brasileiro nato, mas tenho ligações portuguesas em meu sangue, pois minha avó materna veio de Leiria. Vejo que o mundo está muito triste, lembrando da África, Paquistão, etc. Apesar disso encaro-me como um cidadão do Mundo! Quisera falar todas as línguas!
Entretanto, pelo que tenho visto por aí afora, penso que o Brasil é o Coração do Mundo! Tenho um amigo, que entrou em uma ONG Americana, ficou por lá para aprender Inglês, depois ficou um ano na África, para ajudar o pessoal contaminado com HIV, hoje ele está novamente nos EUA e não vê a hora de chegar novembro, para voltar novamente, pois seu visto está a vencer.
Fique em Paz!
Fique bem!
Somos do Mundo!

Pena disse...

Estimada e Excelente Amiga:
"...Deixemos de olhar só para o nosso umbigo, de forma a que possamos olhar noutras direcções e abrir horizontes, de paz, harmonia e sobretudo dar um pouco de nós, num espírito de comunhão e entreajuda, criando laços de estima e amizade... seremos com toda a certeza felizes!..."

Sabe, é bem verdade o que nos diz.
Somos egocêntricos, egoístas sem olhar para o lado e ver que há pessoas que sofrem imenso e não fazemos nada.
Parabéns sinceros pelo Post. É de maravilhar e enternecer. Realidades que custa a admitir, mas que existem.
Perfeita, amiga valiosa com um coração lindo, doce e sentido.
Adorei, bem como, a linda visita que me fez.
Grato por tudo.
Beijinhos agradecidos de uma verdadeira amizade.
Com respeito imenso pelo seu precioso valor.
Sempre a admirá-la

pena

MUITO OBRIGADO pela doçura no meu blogue. Adorei.
Bem-Haja, preciosa amiga de bem.

poetaeusou . . . disse...

*
e o mundo
pula e avança !
.
conchinhas,
,
*

Everson Russo disse...

Forte e intenso o poema,,,um grande beijo de bom final de semana pra ti querida.

فشكووول disse...

Em Caflio Rmolody
grande desespero
Mas a grande esperança
vida multi-facetada
A esperança
E o mais desesperado
Saudações

AFRICA EM POESIA disse...

Sãozita

Venho deixar um beijo.
Hoje estive maios tranquila pois vou tentar que recupere sem ser operada.
vai correr tudo bem.
beijos


Quando o livro sair guardo um para Vós

legalmente loira... disse...

Oi amiga, vim matar a saudade e pedir desculpas pela ausência, a vida é feita de pausas e estou fazendo a minha logo volto.
otimo final de semana com bjos

Unknown disse...

Lindo...mostra a sua sensibilidade...
o seus gosto perfeito!
Abraços sinceros!
Nirma Regina

O Profeta disse...

Sonhei
Com mares, com uma longa travessia
Desfraldei uma vela alva
Naveguei na chegada, na partida morria

Sonhei que era um cavaleiro andante
Por dias de inquietante perdura
Avistei um vagabundo num espelho de água
Era a minha alma talhada em pedra fria e dura


Doce beijo

Irene Moreira disse...

Saozita
Venho te visitar e me deparo com um poema que nos faz parar para refletir.

Quem somos nós para nos julgarmos, ou dizer que alguém é melhor que o outro. A imensidão deste universo nos deixa perdidos com tantos sofrimentose injustiças.

Concordo com o que dizes que estamos preocupados com a festa que temos para ir e tem tanto para nos preocuparmos.

Beijos e boa semana

AFRICA EM POESIA disse...

sãozita

Deixo poesia...

INFINITO


Longe muito longe...
Tentei ir, cheia de dor...
Para te esquecer...
E fui contemplar-te a ti, mar...
Mar, que tudo levas e tudo trazes...
E olhei-te com dor...
Com muita dor...
E pensei dar-te o que mais me doía...
E serenamente...
Olhei, pensei e doei...
Doei-te tudo o que tinha...
E baixinho pedi-te que me levasses...
Todos os sentimentos...
Que estavam a mais...
E senti...
A sensação de ser livre...
Senti que estava mais eu...
Mas vim e foi mentira...
Os sentimentos não se deitam ao mar...
Nem se atiram às ondas...
Estavam à porta de casa... À minha espera...
Porque... quando são verdadeiros...
São eternos!...

LILI LARANJO

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Olá, minha querida!
Belo post! E o teu blog está muito lindo!
Beijinhos! Muitos!

Linasolopoesie disse...

SAOZIA.
Non ho trovato il traduttore e non sono riuscita a leggere ul poema de António Gedeão ( Rómulo de Carvalho ) a me piace tantissimo leggere i tuoi post , Non ricordo se da te o da josè ho sempre trovato il traduttore con le bandiere di tutte le nazioni come le ho io , magari se vuoi ti mando io il codice? ma non credo che sia necessario perchè tu col computer sei bravissima e scrivi molto bene in italiano , tant'è che ne rimamgo sbalordita ..
Comunque Grazie del bel commento che mi hai lasciato ,sapessi come mi fai felice quando passi da me , così mi dai l'opportunità di venire da te!
Ora to auguro una felice settimana .
Un abbraccio sincero e caloroso dalla tua amica Italiana
Lina

Val Du disse...

Bom dia!

Um post intenso e forte, assim como a vida.

Tenha uma ótima semana.

Beijos.

lis disse...

Oi Sãozita
Obrigada por se incluir entre os amigos que me visitam pra trocar e interagir nesse mundo virtual onde não há distância que atrapalhe rs
Bonita interpretação do poema de Gedeão, leio muitos poetas portugueses e é sempre bom saber mais sobre cada um .
uma boa semana e grande abraço

José Leite disse...

Saozita:

Delicio-me cada vez que aqui poiso e vejo que há sintonia entre nós.

Gedeão (Rómulo de Carvalho) é um dos meus poetas preferidos.
Dizem que já não está na moda. Mas os da moda não me entusiasmam sobremaneira por isso prefiro os fora-de-moda.

Não sou nunca fui escravo dela ou delas...

Parabéns, pois vejo que também comunga da minha opinião.
Seja sempre bem-vinda ao meu cantinho e aceite um bj do
rouxinol

Pelos caminhos da vida. disse...

Intenso poema.

Obrigada por estar comigo Pelos Caminhos da VIda.

beijooo.

AFRICA EM POESIA disse...

sãozita
Só dia 30 é que me marcam a fisioterapia.

agora ando ás voltas com o livro.
um beijão...

Desnuda disse...

Sãozita, amiga querida,

obrigada pelo carinho. Um super beijo e linda semana.

Daniel Savio disse...

Engraçado que este universo no fim do poema é o único que realmente importa...

Hua, kkk, ha, ha, eu já acostumei ficar na sonda, fica um pouco pior quando não se tem muito o que fazer.

Fique com Deus, menina Saozita.
Um abraço.

Sandra Gonçalves disse...

belissimo poema de uma profundidade reflexiva.
Bjos achocolatados

Mariazita disse...

Querida Sãozita
Venho trazer-te um beijinho com muitas saudades.
O "doentinho" hoje já é gente; ontem estava nas nuvens, mas hoje já baixou à terra :)))
Muito obrigada por todo o teu cuidado, que jamais esquecerei, minha querida filha adoptiva :)
Quando puderes dá-me notícias do teu joelho.
Beijinhos aos meninos e ao Vítor.
Abraço-te com muito carinho, desejando uma noite tranquila.
Beijinhos

SAM disse...

Boa noite, querida amiga!


Pois é amiga...Eu também ando toda enrolada com o tempo rsrs. Agora que consegui trocar a postagem do Sam rsrs. E devo viajar sexta feira ( de novo). Mas retorno na segunda. Então fico na correria. Amiga, obrigada pelo carinho. Vim retribuir o seu beijo carinhoso e desejar, sempre, tudo de bom para a sua família linda. Ótima noite, amiga.

DE-PROPOSITO disse...

Olá.
Só dizer que deambulei por aqui.
Felicidades.
Manuel

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